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TEXTOS EM PROSA

Textos pessoais em prosa, excertos de livros, comentários a certo tipo de imprensa etc.

TEXTOS EM PROSA

Textos pessoais em prosa, excertos de livros, comentários a certo tipo de imprensa etc.

     Os filmes indecentes tornaram-se melhores, ao que me dizem. Obscenidades e armamento sãos duas áreas em que nos aperfeiçoámos. Tudo o resto piorou. O mundo vai perdendo a força. Já não se consegue comer bom pão nem se quer em bons restaurantes (trazem-nos pãezinhos comerciais), e há menos restaurantes bons.(...) A planície frutícula está coberta de insecticidas e adubos químicos. Até a bosta de cavalo pura é difícil de encontrar nos dias de hoje.(...) As caras (...)
RAUL D'ÁVILA POMPEIA nasceu a 12 de abril de 1863 em Jacuacanga, Angra dos Reis, Estado do Rio de Janeiro, e faleceu a 25 de dezembro de 1895 no Rio de Janeiro. (...) Na ocasião em que me ia embora, estavam acendendo luzes variadas de Bengala diante da casa. O Ateneu, quarenta janelas, resplendentes do gás interior, dava-se ares de encantamento com a iluminação de fora. Erigia-se na escuridão da noite, como imensa muralha de coral flamante,(...) 
- Escutem -, digo amistosamente a ambos, precisamente a suplicar-lhes que me permitam ajudá-los. - Que querem vocês ser quando forem crescidos? Digam lá, Que querem fazer? - Eu não quero casar, nunca - murmura taciturnamente a minha filha -, nem ter filhos. - Trabalhar numa bomba de gasolina -, responde o meu filho. - Bem sempre é um pouco melhor -, aprovo acenando a cabeça com uma expressão de louvor. Por que não? Ser dono do seu próprio negócio? Faz um certo sentido. Concessão (...)
(...) - Já reparaste, Sal, que as prateleiras que eles fazem actualmente abrem rachas sob o peso de bricabraque, ao fim de seis meses, ou desabam de uma maneira geral? Acontece a mesma coisa com as casas, a mesma coisa com as roupas.Estes sacanas inventaram as matérias plásticas com que podiam construir casas que durassem eternamente. E pneus. Os americanos matam-se aos milhares todos os anos por causa de pneus de borracha defeituosos que aquecem na estrada e rebentam. Podiam fabricar (...)
(...) - Tem razão quando diz que este país é forte - disse Michael -, mas então por que é que andamos sempre com medo de toda a gente? E também tem razão quando diz que alguns de nós vêm de famílias ricas e portanto tinham tudo, não é? E não querem nada disso.    - Vocês são todos doentes! - disse Cesário.    - Mas você que tem saúde responda lá a isto: desde que o vosso Cristo morreu, já houve algum ano em que num sítio ou noutro desta terra os cristãos não se (...)
(...) Ela tinha um orgulho tremendo nos seus seios, nessa altura. Agora já não deve pensar da mesma maneira. Os seios são uma coisa temporária, como as flores; mudam. Não me lembro de alguém a não ser a Gwen, e a Gwen só nessa época, que os tivesse tão perfeitos e se sentisse tão orgulhosa deles. Em todas as mulheres que tinha conhecido havia qualquer coisa que não estava bem. Ou eram demasiado «A» ou demasiado «D», fortes de mais, pendentes de mais, afastados de mais, (...)
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa Página 1272 Bicha 8. Fileira de pessoas (ou de qualquer coisa) dispostas umas após outras, fila. Contrariamente ao que afirmou a cantora brasileira Marina Elali, num programa televiso, também no brasil é normal dizer-se bicha nas mesmas situações em que as pessoas normais o dizem em Portugal. Publicações Europa-América E. M. Forster Passagem para a índia, página 84: "--- Meu caro jovem doutor, diz o roto ao nu... ! Não conhece o (...)
(...) William achou que tudo era excelente, excepto a pronúncia britânica que ele tinha dificuldade em compreender. --- Porque é que eles não falam como nós, mamâ? --- perguntava ele, e ficou surpreendido quando lhe disseram que a questão era com mais frequência colocada ao contrário, uma vez que «eles» tinham aparecido primeiro.(...) Jeffrey  Archer, Kane & Abel pp. 39/40, Europa-América. Bem, com o sotaque brasileiro ainda não falamos, quanto ao resto...
" Não, o ponto capital é que, duas horas depois de ter entrado na prisão, o recém-chegado encontra-se nivelado com os outros, está em sua casa, tem os mesmos direitos que os seus camaradas, pertence, em suma, à comunidade dos forçados. Todos o compreendem e ele compreende todos, todos o reconhecem, todos o consideram um dos seus. Mas não acontece o mesmo no caso do homem educado. Por muito justo, bom e inteligente que ele seja, ver-se-á odiado e desprezado durante anos (...)
" As coisas melhoraram com o tempo. Por um lado, Kieran deixou de me bater quando percebeu que eu me tornara no filho adoptivo do director. Por outro, o racionamento acabou finalmente. Sem dar por isso, a minha pronúncia modificou-se tanto que os outros rapazes já não me gritavam «ianque» quando me viam na rua, embora ainda digam que a minha forma de falar é estranha. Nem uma coisa, nem outra, dizem alguns, mas há qualquer coisa de estranho no modo como articulo as vogais. " Ben (...)